terça-feira, agosto 31, 2010

Brisa

flores ao vento

Falta o vento para voar,

já que não tenho asas.

As vezes uma brisa leve,

chega a passar,

mas a covardia me faz agarrar

Claudia Viana

Entregar

demonstrar

É estranha a sensação de querer e não se entregar

querer e não demonstrar.

É difícil saber se sim ou não.

Se você pensa que sim, vem a vida e te diz não.

Se você diz não, a vida te obriga um sim.

Claudia Viana

segunda-feira, agosto 30, 2010

Vento

imagem

Do vocabulário que tenho,

só aproveito duas ou três palavras,

o restante se perde no vento.

Claudia Viana

sexta-feira, agosto 27, 2010

Dúvida

duv

Eu queria resolver logo,

saber se é ou não é.

Se posso ou não posso,

se quero ou não quero.

Claudia Viana

Não Vá Embora

Composição: Arnaldo Antunes / Marisa Monte

E no meio de tanta gente eu encontrei você
Entre tanta gente chata sem nenhuma graça, você veio
E eu que pensava que não ia me apaixonar
Nunca mais na vida

Eu podia ficar feio só perdido
Mas com você eu fico muito mais bonito
Mais esperto
E podia estar tudo agora dando errado pra mim
Mas com você dá certo

(Refrão):
Por isso não vá embora
Por isso não me deixe nunca nunca mais
Por isso não vá, não vá embora
Por isso não me deixe nunca nunca mais

Eu podia estar sofrendo caído por aí
Mas com você eu fico muito mais feliz
Mais desperto
Eu podia estar agora sem você
Mas eu não quero, não quero

(Refrão):
Por isso não vá embora
Por isso não me deixe nunca nunca mais
Por isso não vá, não vá embora
Por isso não me deixe nunca nunca mais (2x)

segunda-feira, agosto 23, 2010

Amigos

amigos

“Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!”

Vinicius de Moraes.

sexta-feira, agosto 20, 2010

Caminho

labbb

Você escolhe o seu caminho
e muitas vezes por comodismo,
falta de oportunidades, preguiça, medo
sei lá, deixa passar uma vida inteira.

Claudia Viana

Coração

Apertado com você,
apertado sem você.
Vontade de estar perto,
vontade de estar longe.
Vontade de não sei o que...

Claudia Viana

quinta-feira, agosto 19, 2010

Pra perto

Vontade de dar o braço à torcer,

vontade de chamar pra perto…

encostar, encaixar…

Claudia Viana

Bailarina

Linda bailarina,
baila como se estivesse voando,
voa como se estivesse dançando,
dança conquistando o mundo.

Claudia Viana

 

Ciranda da Bailarina
Composição: Edu Lobo / Chico Buarque

Procurando bem
Todo mundo tem pereba
Marca de bexiga ou vacina
E tem piriri, tem lombriga,
tem ameba
Só a bailarina que não tem
E não tem coceira
Verruga nem frieira
Nem falta de maneira ela não tem
Futucando bem
Todo mundo tem piolho
Ou tem cheiro de creolina
Todo mundo tem
um irmão meio zarolho
Só a bailarina que não tem
Nem unha encardida
Nem dente com comida
Nem casca de ferida ela não tem
Não livra ninguém
Todo mundo tem remela
Quando acorda às seis da matina
Teve escarlatina
ou tem febre amarela
Só a bailarina que não tem
Medo de subir, gente
Medo de cair, gente
Medo de vertigem
Quem não tem
Confessando bem
Todo mundo faz pecado
Logo assim que a missa termina
Todo mundo tem
um primeiro namorado
Só a bailarina que não tem
Sujo atrás da orelha
Bigode de groselha
Calcinha um pouco velha
Ela não tem
O padre também
Pode até ficar vermelho
Se o vento levanta a batina
Reparando bem,
todo mundo tem pentelho
Só a bailarina que não tem
Sala sem mobília
Goteira na vasilha
Problema na família
Quem não tem
Procurando bem
Todo mundo tem

segunda-feira, agosto 16, 2010

quinta-feira, agosto 12, 2010

Olha

Composição: Roberto Carlos / Erasmo Carlos

Olha você tem todas as coisas
Que um dia eu sonhei prá mim
A cabeça cheia de problemas
Não me importo, eu gosto mesmo assim
Tem os olhos cheios de esperança
De uma cor que mais ninguém possui
Me traz meu passado e as lembranças
Coisas que eu quis ser e não fui
Olha você vive tão distante
Muito além do que eu posso ter
E eu que sempre fui tão inconstante
Te juro, meu amor, agora é prá valer
Olha, vem comigo aonde eu for
Seja minha amante, meu amor
Vem seguir comigo o meu caminho
E viver a vida só de amor

Sozinha

MULTIDAO

É engraçado como podemos nos sentir sozinhos,

mesmo estando em meio a multidão.

sexta-feira, agosto 06, 2010

Dia dos Pais

pai

No próximo domingo, dia 08 de agosto, é Dia dos Pais,

meu pai esta longe,

longe geograficamente e infelizmente longe do coração.

A nossa relação nunca foi muito próxima,

de uns tempos pra cá, ficou ainda mais distante.

Mas tenho certeza que o amo do fundo do meu coração.

Claudia Viana

quinta-feira, agosto 05, 2010

Falta

falta

Você não esta aqui,

seu corpo, seu cheiro não esta em mim

Falta de você,

de querer,

de te ter!

Falta sua boca,

seu beijo.

Falta você!

Claudia Viana

terça-feira, agosto 03, 2010

Ameaça?

"A próxima geração de mulheres, pra não decepcionar os machos de agora, terá de vir transgênica. Será uma mulher geneticamente manipulada com panturrilhas, peitos e bundas já siliconados e todo o resto lipoaspirado, inclusive o cérebro que é pra não ameaçar ninguém.”

Maitê Proença

Braços

abraco-sexy

Seus braços,

quentes, colados, juntos,

apertados, suados.

Abraços.

Claudia Viana

A Viagem

Hoje, de algum lugar longe destas terras,
há um doce olhar só para você, um olhar especial,
de alguém especial, de distantes origens ,
um olhar de um justo coração que pulsa só a vida.
Que sorri por que ama plenamente sem julgamentos, preconceitos, nem prisões.
Hoje como ontem, longe destes céus,
há um encantado olhar só para você
e nesse olhar vai para você a magia da luz,
a simplicidade do perdão, a força para comungar
com a vida, a esperança de dias mais radiantes de paz.
Hoje de algum lugar dentro de você,
alguém que já o amou muito e ainda o ama,
diz pra você que valeu a pena ter estado nestas terras, sobre estes céus,
falando de união, paz, amor e perdão.
Poder sentir a força que faz você sorrir
e continuar o caminho
que um dia aquele doce olhar iniciou pra você.
Tudo isso só para você saber que a vida continua e a morte é uma viagem.

Paulo Kronemberger

Do Not Stand At My Grave And Weep - Não fique no meu túmulo a Chorar

Composição: Mary Elizabeth Frye

Do not stand at my grave and weep
I am not there
I do not sleep
I am a thousand winds that blow
I am the diamond glints on snow
Do not stand at my grave and cry
I am not there
I did not die
I am the sunlight on ripened grain
I am the gentle autumn rain
When you awaken in the morning's hush
I am the swift uplifting rush
Of quiet birds in circled flight
I am the soft stars that shine at night
Do not stand at my grave and cry
I am not there
I did not die
When you awaken in the morning's hush
I am the swift uplifting rush
Of quiet birds in circled flight
I am the soft stars that shine at night
Do not stand at my grave and cry
I am not there
I did not die
Do not stand at my grave and cry
I am not there
I did not die

 

Não fique no meu túmulo a chorar
Eu não estou lá
Eu não durmo
Eu sou os mil ventos que sopram
Eu sou o diamante que cintila na neve
Não fique no meu túmulo a chorar
Eu não estou lá
Eu não morri
Eu sou a luz do sol nos grãos maduros
Eu sou a chuva de outono suave
Quando você acorda no silêncio da manhã
Eu sou o rápido animador
Das aves tranquilas que rodeiam em vôo
Eu sou as estrelas que brilham suaves na noite
Não fique no meu túmulo a chorar
Eu não estou lá
Eu não morri
Quando você acorda no silêncio da manhã
Eu sou o rápido animador
Das aves tranquilas que rodeiam em vôo
Eu sou as estrelas que brilham suaves na noite
Não fique no meu túmulo a chorar
Eu não estou lá
Eu não morri
Não fique no meu túmulo a chorar
Eu não estou lá
Eu não morri

segunda-feira, agosto 02, 2010

Beijo

1209993909_f

beijo, beijo, beijoca, beijão,
beijinho, respira, beijo,
beijão, beijo, beijinho...
suspira, beijo

Claudia Viana

Rifa-se um coração

heart-on-fire

Rifa-se um coração quase novo. Um coração idealista.
Um coração como poucos. Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado, meio calejado, muito machucado e que teima em alimentar sonhos, e cultivar ilusões. Um pouco inconseqüente que nunca desiste de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado, coração que acha que Tim Maia estava certo quando escreveu... "não quero dinheiro, eu quero amor sincero, é isso que eu espero...". Um idealista... Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende. Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar. Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros. Esse coração que erra, briga, se expõe. Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido. Tantas vezes provocado. Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional que abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas, mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado, ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes. Um órgão abestado indicado apenas para quem quer viver intensamente e, contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida matando o tempo, defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente que se mostra sem armaduras e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro na hora da prestação de contas:
" O Senhor poder conferir", eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento. Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança que insiste em não endurecer e, se recusa a envelhecer".
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro que tenha um pouco mais de juízo. Um órgão mais fiel ao seu usuário. Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga. Um coração que não seja tão inconseqüente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo, mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que, ainda não foi adotado, provavelmente, por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais, por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem pedigree. Um simples coração humano. Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado. Um modelo cheio de defeitos que, mesmo estando fora do mercado, faz questão de não se modernizar, mas vez por outra, constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence seu usuário a publicar seus segredos e, a ter a petulância de se aventurar como poeta.

Clarice Lispector